Mercado de energia

Comercializadoras de energia no Brasil: como funcionam e qual a importância

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Publicado porDelta Energia
13 de março de 2023
6 mins

Nessa modalidade os consumidores podem escolher seu fornecedor de energia, podendo avaliar os melhores preços, condições e cláusulas contratuais na compra da energia. 

Sendo assim, é necessário saber negociar os melhores contratos possíveis para se obter bons preços e condições favoráveis. E aqui observamos a relevância do serviço oferecido pelas comercializadoras de energia: pavimentar o caminho entre as empresas geradoras os consumidores, garantindo as melhores negociações.

Neste artigo, você vai entender melhor o papel das comercializadoras de energia no Brasil, o que elas podem oferecer ao consumidor e como elas atuam.

A importância das comercializadoras de energia

Por se tratar de um mercado livre de energia, pautado pelo princípio da livre iniciativa, a busca pelo melhor contrato é o principal objetivo de ambos os agentes da operação comercial. Esses agentes são os fornecedores e os consumidores.

Os fornecedores estão em busca de fechar contratos mais longos em tempos de preços elevados, e os consumidores à procura de condições ideais para suas demandas e preços que sejam compatíveis com seus modelos de negócio. 

Por isso, o momento de compra e fechamento do contrato é o mais importante. Neste caso, deve ser analisado o melhor produto, prazos de fornecimento, condições de pagamento, flexibilidade contratual e a confiabilidade do fornecedor. 

Visto que é necessário um panorama geral do setor elétrico, tanto em seus aspectos comerciais quanto regulatórios, muitos consumidores comuns podem encontrar dificuldades na negociação direta com os fornecedores.

Não suficiente, ainda existe a necessidade de comunicar à fornecedora local o encerramento do contrato de energia. Ao se fazer isso, é preciso estabelecer outra relação: firmar, por meio de contrato, o uso e conexão do sistema de medição. 

De onde vem a energia negociada?

No mercado livre, além da possibilidade de comprar diretamente de geradores, também existe a opção de fazer negócios com comercializadoras de energia, que compram a energia dos fornecedores e revendem para os consumidores.

Além do pagamento feito para a empresa que foi contratada, cada unidade consumidora deve pagar uma fatura para a distribuidora local de energia, já que será necessário usar seu sistema para conduzir a energia até sua companhia.

Tipos de contrato e perfil de consumo

Basicamente, a classificação dos contratos é feita com base no perfil do agente que consome a energia. Existem alguns parâmetros principais que são avaliados para a determinação do acordo: preço de energia, prazo do contrato, volume de energia, sazonalidade e flexibilidade.

O preço se refere ao quanto seria pago pela energia fornecida em determinado tempo. O prazo vai definir esse tempo de fornecimento. E o volume é a quantidade que tende a ser consumida pela unidade contratante.

A sazonalidade permite que o usuário, caso precise, altere os valores mensais contratados, desde que não ultrapasse o limite estipulado em contrato e o volume de energia anual acordado. Por exemplo, é possível ser definida uma contratação de maior volume nos meses de dezembro e janeiro, por conta das festas de fim de ano.

Já a flexibilidade determina os limites mínimos e máximos que são aplicados aos volumes mensais. São as margens de erro, podendo ser de 10% a 40%, tanto para baixo quanto para cima.

É importante lembrar que a duração do contrato implica no nível de risco que o consumidor assumirá. Contratos curtos estão mais expostos à volatilidade dos preços, enquanto os mais longos têm menor risco de serem afetados pelas flutuações de mercado, mas estão sujeitos à inflação acumulada no período.

Qual o papel das comercializadoras de energia nesse processo?

Oferecendo liquidez ao mercado e estimulando a competição, as comercializadoras de energia acertam as pontas soltas dos contratos já realizados, assumindo tanto o risco de crédito dos consumidores quanto o de produção dos geradores.

Em síntese, podemos destacar como as principais funções das comercializadoras:

  • Representação junto à CCEE: realiza o registro de contratos na CCEE; acompanha a contabilização e liquidação, disponibiliza relatórios; 
  • Gestão de contratos: monitora se as cláusulas contratuais celebradas pelas partes estão sendo cumpridas;
  • Compra e venda estratégica de energia: com base em projeções e análises do mercado;
  • Monitoramento de alterações regulatórias: para poder dar suporte caso ocorra alguma alteração na regulamentação que possa causar impacto nas operações;
  • Auditoria do mercado: composição dos preços, variações, oferta e demanda;
  • Monitoramento das condições climáticas: previsões das chuvas, períodos de secas, precipitação e outras variantes, podem contribuir para a formação dos preços;
  • Supervisão: monitorar o consumo por parte dos usuários e a geração de energia por parte dos fornecedores.

Entendida a importância das comercializadoras para a inserção no mercado livre de energia, alguns requisitos fazem toda a diferença na hora de escolher uma empresa de confiança:

  • Tempo de atuação no mercado;
  • Representação no mercado livre de energia;
  • Opções diversas de fontes de energia;
  • Cadastro na Abraceel.

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