Mercado de energia

Empresas de quais setores podem migrar para o mercado livre de energia?

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Publicado porDelta Energia
6 de setembro de 2023
6 mins

Cada vez mais consumidores optam por migrar para o mercado livre de energia e usufruindo dos benefícios desse ambiente de contratação que proporciona, acima de tudo, liberdade e economia. Ainda assim, existem regras para participar do chamado Ambiente de Contratação Livre (ACL).

Neste texto, vamos esclarecer algumas dúvidas a respeito das regras de quem pode entrar no mercado livre, como ele funciona e a nova lei que permitirá que ainda mais empresas e pessoas possam fazer parte do ACL.

Como economizar na fatura de energia no mercado livre?

Luzes penduradas no teto de fábrica que pode migrar para o mercado livre de energia
Estudos apontam que é possível reduzir até 40% dos gastos na fatura de energia de empresas ao migrar para o mercado livre

O impacto dos gastos com energia no faturamento de uma empresa pode variar dependendo de vários fatores, como o tamanho do negócio, o setor da indústria e os padrões de consumo de energia.

Um estudo realizado pelo Sebrae apontou que os gastos com energia podem representar até 20% dos custos totais das pequenas empresas. Isso mostra que as despesas com energia podem ter um impacto significativo no desempenho financeiro de uma empresa.

Para empresas que buscam maneiras de reduzir seus custos operacionais sem comprometer a qualidade e eficiência de suas atividades, o mercado livre de energia surge como uma alternativa promissora. O ACL oferece não apenas a possibilidade de escolher fornecedores, mas também de negociar preços e personalizar contratos de acordo com as necessidades específicas de cada negócio.

Estudos apontam que empresas que possuem um consumo de energia acima de 500 MWh/ano podem ter uma economia de até 40% na fatura de energia.

Isso é resultado da liberdade de negociação oferecida pelo mercado livre de energia. As empresas podem realizar leilões, receber propostas de diferentes fornecedores e escolher a opção mais vantajosa em termos de custo-benefício. Além disso, a personalização dos contratos permite ajustar a demanda e a tarifa de acordo com a sazonalidade e horários de maior ou menor consumo, proporcionando ainda mais eficiência e economia.

Empresas de quais setores podem migrar?

Empresas de quaisquer setores podem migrar para o mercado livre de energia. O ACL oferece uma oportunidade para empresas de diversos segmentos da economia terem mais autonomia em relação à compra e negociação de energia elétrica. Alguns dos que podem se beneficiar são:

  • Indústria: Empresas industriais, como as do setor de manufatura, podem obter vantagens significativas ao migrarem para o mercado livre. Elas têm um consumo de energia geralmente alto e contínuo, o que permite a negociação de contratos mais vantajosos em termos de preço e condições contratuais.
  • Comércio: Empresas de comércio, como varejistas e redes de supermercados, também podem se beneficiar da migração para o mercado livre. Com uma alta demanda de energia em suas instalações, podem buscar contratos personalizados e obter economia de custos com a escolha de fornecedores.
  • Serviços: Empresas prestadoras de serviços, como hospitais, hotéis e centros comerciais, também têm potencial para migrar para o mercado livre de energia. Essas organizações têm um consumo de energia constante e podem buscar opções que melhor se adequem às suas necessidades operacionais e orçamentárias específicas.
  • Agronegócio: O setor agrícola e pecuário representa uma parcela significativa do consumo de energia no Brasil. Produtores rurais, cooperativas e agroindústrias podem se beneficiar da migração para o mercado livre, permitindo uma gestão mais eficiente e redução de custos com a energia utilizada nas atividades agropecuárias.
  • Serviços públicos: Empresas de serviços públicos, como concessionárias de água, esgoto e transporte, também podem migrar para o mercado livre de energia. Essa migração pode ser uma estratégia para otimizar os gastos operacionais e aumentar a eficiência energética em suas operações.

No entanto, é importante ressaltar que a viabilidade da migração para o mercado livre de energia dependerá de diversos fatores, como o volume de consumo, perfil de demanda e características específicas de cada empresa.

Supermercado com luz de geladeiras ligadas constantemente podem gerar menos gastos ao migrar para o mercado livre
Empresas do setor de comércio com alta demanda de energia, como supermercados, podem realizar a migração para o mercado livre

Novas regras para migrar

Em dezembro de 2019 foi publicada a Portaria 465/2019, que estabeleceu diretrizes para a abertura gradual do mercado livre. Antes dela, apenas unidades consumidoras com demanda contratada mínima de 2000 quilowatts (kW) ligados à alta tensão podiam acessar o modelo. Assim, o setor era restrito aos grandes consumidores de energia elétrica, como as indústrias, por exemplo. 

Com a mudança em 2019, hoje, por exemplo, consumidores com carga igual ou superior a 500 kW conectados em média e alta tensão já podem mudar para o mercado livre de energia. Além disso, o último decreto da nova regra resultou em outra Portaria (50/2022), que amplia o acesso de ainda mais consumidores a partir de janeiro de 2024.

Com isso, em 2024 o modelo estará disponível também para os consumidores com carga igual ou inferior a 500 kW, desde que conectados em média e alta tensão. Isso significa a entrada de negócios menores também, que poderão passar a economizar na fatura de energia e negociar melhores condições.

Recorde de migrações para o mercado livre de energia

Segundo um levantamento publicado em julho de 2023 pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o mercado livre bateu recorde de migrações no primeiro semestre de 2023. Foram novas 3.330 unidades consumidoras, o que representa um avanço de 52% na comparação com a primeira metade de 2022.

Os setores de comércio e serviços lideram o ranking, com 1.070 e 850 unidades consumidoras, respectivamente. Alimentos ocupa a terceira posição, com 343. As regiões de maior destaque continuam sendo o Sul e Sudeste do país, mas a CCEE identificou um avanço em estados como Pernambuco, Goiás e Ceará.

Migrar para o mercado livre de energia com quem entende

Empresas de diferentes setores que se encaixam nas regras para migrar para o mercado livre de energia já podem iniciar o processo e economizar na fatura. Para isso, é muito importante contar com o apoio de parceiros experientes e confiáveis. O Grupo Delta Energia atua há mais de 21 no ACL e já migrou mais de 900 unidades consumidoras.

A Delta atende desde pequenos negócios até grandes indústrias. A empresa varejista do grupo, a LUZ, é responsável por atender pequenas e médias empresas com demandas abaixo de 500Kw. Todo o processo é realizado de maneira 100% digital e simples. Clique aqui e saiba mais.

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